TDAH tem associação com o TEA e deficiência intelectual?
Frequentemente ficamos a par de algumas relações de transtornos que são evidenciadas por novas pesquisas. Essas ligações podem ser definidas como comorbidades, pois elas geralmente acontecem diante da existência de duas ou mais condições que afetam o desenvolvimento cognitivo e social de uma pessoa. O Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH), a Deficiência Intelectual (DI) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA) são alguns desses casos que suscitam curiosidade em pesquisas acadêmicas.
A pergunta que fica é a seguinte: o TDAH tem associação com o TEA e a deficiência intelectual? Além disso, o interessante é traçar quais são as implicações, a preponderância do TDAH em relação às outras condições, como fazer para identificar cada uma delas e o que fazer para lidar com uma intervenção plenamente eficaz.
Para isso, é importante expormos um breve panorama sobre cada um desses transtornos e/ou distúrbios; e como os manuais e grupos de estudiosos lidam com essas situações. Já se sabe, por exemplo, que a denominação mais adequada atualmente é deficiência intelectual, segundo orientação proposta no DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) editada em 2013.
É sabido que tanto o TDAH quanto a Deficiência Intelectual e o TEA são condições cuja prevalência de comorbidades são relativamente normais, mas, dependendo do caso, uma delas é a causa primária em relação à outra. Veja a seguir como elas atuam na vida de uma pessoa, suas consequências e quais as possibilidades relacionais.
O que estudos sugerem sobre a associação TDAH, TEA e DI?
– TDAH e TEA
Uma pesquisa apresentada no 26° Congresso Europeu de Neuropsicofarmacologia evidencia que crianças diagnosticadas com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) podem apresen
O TDAH e sua incidência
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) pode ser definido como um distúrbio neurocomportamental ou uma desordem neuropsiquiátrica, de início precoce. Ele é caracterizado por uma inquietação psicomotora; pela dificuldade em manter a atenção e a impulsividade cognitiva e social.
Estudo realizado pelo DSM-5 estabelece que o TDAH ocorre em 5% das crianças e 2,5% dos adultos. De acordo com o levantamento, o transtorno costuma ser mais frequente em comparação com as meninas. Isso considerando a população geral.
Quando comparado o público infantil em relação aos demais, a pesquisa constata que a proporção de TDAH se configura da seguinte forma: 2:1 em crianças e 1,6:1 em adultos.tar
– TDAH e DI
Algumas pesquisas tornaram evidentes a presença de sintomas de TDAH em pessoas com DI. Há que se considerar o seguinte fato: em muitos casos o diagnóstico de TDAH e Deficiência Intelectual são apresentados como transtornos em comorbidade. O que facilita a identificação de um desses transtornos associado a outro é o uso de escalas no diagnóstico, provocando sua eficácia na identificação de sintomas do TDAH em crianças que convivem com a DI.
Alguns sintomas da Deficiência Intelectual podem ser confundidos com aquelas apresentadas no TDAH. Veja quais são:
- Falta de interesse pelas atividades dadas em sala de aula;
- Pouca interação com os colegas e com a professora;
- Quando a criança perde ou esquece o que já havia aprendido (e demonstrado habilidade);
traços presentes no TEA (Transtorno do Espectro Autista).
O estudo afirma que o histórico familiar corresponde por uma boa parcela desses casos, inclusive aqueles que envolvem gêmeos. No entanto, outras relações entre parentes podem exercer influência. O estudo mostra que essa ligação entre o TDAH e o TEA compartilha uma mesma herança ou origem, comprovando a sua comorbidade ou coexistência.
De acordo com o levantamento, “essas descobertas aumentam a possibilidade de que algumas crianças com TDAH possam manifestar sintomas de autismo mesmo na ausência de um transtorno pleno”.
A deficiência intelectual e a possibilidade de comorbidades
A deficiência intelectual, por sua vez, é caracterizada pelo funcionamento cognitivo que não corresponde à média esperada. Em outras palavras, é quando que está aquém do que é considerado normal ou regular para o desenvolvimento de uma pessoa. Muitos pais e mães ficam apreensivos em relação aos campos que podem ser direta ou indiretamente afetados pelo desempenho cerebral da criança.
A Deficiência Intelectual também é marcada por prejuízos significantes do funcionamento intelectual. A tudo isso se junta os déficits no comportamento adaptativo, manifestados durante o período de desenvolvimento da criança e adolescente.
O TEA e os desafios que ele traz para a vida da pessoa
O autismo é um transtorno que afeta vários aspectos da comunicação, além de influenciar também no comportamento do indivíduo. De acordo com dados do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão vinculado ao governo dos Estados Unidos, a relação existente é de um caso de autismo a cada 110 pessoas.
Sendo assim, a estimativa no Brasil, com seus poucos mais de 200 milhões de habitantes, possua aproximadamente 2 milhões de pessoas convivendo com TEA. Para se ter uma ideia, só no Estado de São Paulo são mais de 300 mil ocorrências, segundo dados divulgado pela USP. Os sintomas básicos do TEA são os seguintes:
- Dificuldade de interação social;
- Déficit de comunicação social, tanto quantitativo quanto qualitativo;
- Padrões inadequados de comportamento que não possuem finalidade social.
Como lidar com esses casos?
Os tratamentos disponibilizados pelos profissionais são sempre as melhores alternativas para oferecer às pessoas. É importante salientar que as intervenções devem ser aplicadas de acordo com a demanda de casa pessoa, pois as necessidades de uma podem ser diferentes de outra e por aí vai.
Programas específicos para se aprimorar
Outra dica é se informar através de programas não só para especialistas da área médica, mas voltados também a terapeutas e educadores que precisam saber como identificar os principais sinais de tais transtornos. Além disso, como lidar com a agressividade e os comportamentos inadequados das crianças e adolescentes com autismo ou outros transtornos.
Um desses programas é o PROTEA – Programa Especializado no Transforo do Espectro Autista. Nele você aprende a intervir no Autismo com fundamentação científica e garanta um futuro social e acadêmico brilhante ao seu aluno ou paciente.
Depois de finalizar este programa você vai saber como lidar com a agressividade e comportamento inadequado no Autismo e entender como funciona a mente das pessoas que têm o espectro, para fazer a inclusão, medicar e intervir com segurança.
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